Decorativos e funcionais, os espelhos ampliam ambientes, adornam e valorizam o lar. Mas, onde e em quais formatos valem apostar? A arquiteta Elisa Maretti detalha como usar esse elemento na decoração
Essencial em todo lar, o espelho assume várias funções no dia a dia. Seja como item decorativo, para refletir a imagem dos moradores e melhorar a luminosidade de espaços mais fechados ou escuros, esse elemento amplia visualmente os ambientes, entregando a sensação de parecerem maiores. Importante ressaltar também o valor deste objeto na decoração, servindo de ponto focal em paredes – o que torna os ambientes mais sofisticados e acolhedores.
“Espelhos ficam bem em halls de entrada, lavabos, dormitórios, salas de jantar e são indispensáveis em banheiros”, declara a arquiteta Elisa Maretti. À frente de seu escritório homônimo, ela ama trabalhar com o item de diversas formas em seus projetos. “Porém vale lembrar a exigência de certos cuidados, incluindo saber onde e como posicioná-los”, complementa.
A seguir, a profissional elenca os principais pontos de atenção para a colocação dos espelhos:
Como usar o espelho certinho
Elisa chama atenção quanto à altura de instalação: “É necessário que os moradores consigam visualizar o reflexo do seu rosto, independentemente da altura”. Assim, a recomendação é que a posição do espelho seja definida com base na estatura média dos usuários da casa.
Por outro lado, no que diz respeito à proporção, a arquiteta aponta que o ideal é escolher espelhos compatíveis com as dimensões do ambiente. “Em ambientes compactos, por exemplo, vale apostar em um modelo redondo ou orgânico de menor porte, além das versões de piso-teto que auxiliam na percepção visual”, sugere.
Não menos importante, para o local de instalação deve-se evitar cômodos mais bagunçados ou com peças mais chamativas. O ideal, segundo ela, é instalá-lo de modo que o espelho capture a luz do ambiente ou esteja em um ângulo que promova a sensação de abrangência.

Entendendo o papel do espelho
Antes de incluí-lo, é fundamental entender qual será sua função. “Há ambientes que o espelho é obrigatório, como os lavabos e os banheiros. Nestes locais, temos o papel de unir a funcionalidade com a estética, buscando um formato que converse com a proposta do ambiente”, explica.

A moldura importa!
A moldura é um detalhe que transforma o espelho em uma peça de destaque, além de protegê-lo e personalizar o ambiente. De acordo com Elisa, ela deve ser escolhida levando em consideração o estilo do espaço, o tamanho do espelho e o efeito visual desejado.
“Um espelho com um ornamento mais rebuscado combina melhor com ambientes clássicos. Já em projetos contemporâneos, molduras metálicas e mais finas são ideais, enquanto a madeira, por sua vez, se harmoniza com propostas mais rústicas”, orienta.

Quando optar pelos espelhos redondos e orgânicos?
A arquiteta defende que os espelhos redondos e orgânicos são importantes atuantes para quebrar com a sobriedade dos ambientes, trazendo um ar mais despojado. “Eles suavizam as linhas retas, uma vez que as formas curvas e circulares envolvem movimento, rompendo com a rigidez dos ângulos retos. São ótimos em lavabos e banheiros em que o gabinete e a bancada são retangulares”, relata.
Contudo, Elisa alerta sobre a questão da proporção, que segue alinhada com o resultado esperado. Para criar um ponto focal em uma parede, o projeto pode considerar a instalação de uma unidade independentemente da dimensão. Em contrapartida, caso a ideia seja incluir com um jogo de espelhos, ela recomenda o uso de três a quatro peças menores.


Créditos das Fotos: Manuel Sá