Benefícios do contato com a natureza e aumento do interesse dos brasileiros impulsiona tendência no mercado imobiliário
Pode parecer apenas senso comum que a convivência com a natureza tem impactos positivos na saúde humana, mas também é unanimidade na comunidade científica. O artigo “Observar a natureza pode melhorar o bem-estar humano?”, publicado em 2025, analisou 211 estudos sobre áreas verdes e bem-estar em diferentes contextos urbanos. Como resultado, a pesquisa mostrou que viver em grandes centros está associado ao aumento de problemas físicos e mentais, justificando o interesse por áreas verdes. Essa constatação reforça o crescimento do interesse dos brasileiros por atividades e ambientes que estimulem o contato com a natureza em seu cotidiano. Além disso, iniciativas relacionadas ao verde passaram a ser vistas como alternativas para melhorar o bem-estar e reduzir os impactos da vida urbana.
O Censo QuintoAndar de Moradia, em parceria com o Datafolha, investigou hábitos e preferências dos brasileiros em relação à casa após a pandemia. A pesquisa revelou que, desde então, o cuidado com plantas se tornou frequente para 37% dos entrevistados, indicando uma nova prática cotidiana. Ainda segundo a mesma pesquisa, 7 em cada 10 brasileiros gostam de cultivar plantas, o que demonstra uma forte valorização dos espaços verdes. Dessa forma, cresce a tendência de moradias com áreas verdes, voltadas a quem busca bem-estar além da jardinagem básica em varandas e sacadas.
Na vanguarda dessa tendência, o condomínio horizontal Aldeia Santerê Casa e Natureza em implantação na cidade de Terezópolis de Goiás-GO, a 20 minutos de Goiânia. O Aldeia fica ao redor de uma reserva ambiental com mais de 580 mil m² e inclui a implantação de um pomar de 110 mil m². Por sua extensão, esse pomar se destaca como o maior dentro de condomínios horizontais no Brasil.
Pomar coletivo promove reconexão com a natureza e qualidade de vida
Todos os lotes terão como divisa de fundo um pomar com árvores frutíferas, com 15 metros de largura, formando uma verdadeira artéria verde no condomínio.
“O pomar irá proporcionar maior conforto sonoro, privacidade entre os vizinhos, alteração do microclima para temperaturas mais amenas e maior convivência com animais e frutos, futuras consequências desse projeto de arborização”, explica José Ogata, engenheiro agrônomo especialista em projetos socioambientais e consultor ambiental do Aldeia Santerê.
Os responsáveis pelo projeto plantarão mudas de árvores nativas e exóticas a cada três metros. Cada proprietário poderá escolher até três espécies, frutíferas ou não, entre as listadas no projeto, para implementar no fundo do lote. O plantio ocorrerá durante as obras de implantação do condomínio, que já estão em andamento.
“Um dos nossos objetivos com esse plano de manejo ambiental é promover uma reconexão das pessoas com a natureza por meio da possibilidade de conviver com o verde de modo mais natural, orgânico e dinâmico, e ainda o resgate de experiências que se perderam com a cotidianidade”, diz Ogata.
Juliana Carnevalli, jornalista e futura moradora do Aldeia, conta que a integração com a área verde foi um grande diferencial antes de selecionar sua nova moradia.
“Quando criança, morei no interior e tive muita convivência com a natureza, mas na vida adulta isso se perdeu dado a rotina urbana. Então quis me reaproximar da natureza, e quando conheci o Aldeia, me apaixonei pelo verde e pelo pomar. A ideia de ter um pomar no fundo de casa me conquistou, com todo o espaço que quero, ao lado de uma grande área de preservação e ainda perto de Goiânia”, compartilha.
Refúgio natural e benefícios comprovados para o bem-estar
Eliana Reis, médica ginecologista, também será uma futura moradora do Aldeia Santerê. Ela e o marido adquiriram seu lote na fase de lançamento para a construção de uma casa de veraneio.
“Eu buscava um lugar de refúgio da vida urbana, e ter encontrado isso no meio da natureza foi ótimo. Meus avós e meus pais foram criados em fazenda e eu cresci em meio a isso também. Então, morar em um ambiente como o Santerê vai ser uma experiência nostálgica para mim, e eu ainda estarei próxima de Goiânia”, diz a médica.
Na fase inicial de implantação, já é possível perceber as repercussões ambientais do pomar, com registros da fauna proveniente da área de preservação vizinha permeando o local, como periquitos, tucanos e pica-paus.
“Sem dúvidas, o retorno da fauna é outro benefício que poderá ser aproveitado pelos moradores que buscam essa reconexão com a natureza”, conclui Ogata.
Ainda no artigo “Observar a natureza pode melhorar o bem-estar humano?”, foi comprovado que 94% dos estudos analisados reportaram efeitos positivos do contato com a natureza. Dentre os efeitos psicológicos encontrados estão a redução de ansiedade, do estresse e da irritação, enquanto melhorias na saúde cardiovascular foram destaque nos efeitos fisiológicos.
Swales
Por estar dentro da Área de Preservação Ambiental do João Leite, o cuidado com a água recebeu atenção especial por parte do projeto do Aldeia Santerê. Junto ao pomar serão implantados também os swales, que são valas de infiltração para águas pluviais: uma solução de drenagem urbana. A técnica sustentável, herdada da permacultura, consiste na escavação de valas que acompanham o desenho topográfico do terreno, promovendo a retenção e infiltração no solo da água da chuva de maneira mais natural, em uma velocidade adequada para o lençol freático. Além disso, os swales vão receber a água da chuva que cair no perímetro do condomínio, evitando assim que ela escorra para a barragem do João Leite.
Ogata observa que se o pomar tem uma dupla função. Por um lado, proporciona mais verde e reconexão com a natureza para os moradores; por outro, é o lugar ideal para receber o swale, que precisa das plantas ao seu redor para se tornar viável. “As raízes e os microorganismos, que se conectam a elas, criam pequenos túneis que possibilitam a melhor absorção de água e permeabilidade do solo”, explica. Os swales também beneficiam o pomar. “A água fica mais tempo armazenada, contribuindo para a saúde das plantas ao redor e para a manutenção de um microclima mais ameno por meio do ciclo hídrico”, complementa o engenheiro agrônomo.
Atributos do condomínio
O Aldeia Santerê é um empreendimento da Raiz Urbana, empresa pertencente ao Grupo Tropical e atuante no setor imobiliário sustentável em Goiás. Além disso, o grupo foi pioneiro na implementação de técnicas para o manejo do solo e da água, aplicadas em projetos como o Aldeia Santerê. Além do Aldeia Santerê, outros dois projetos também adotam os swales: o Escarpas Eco Parque, que ainda está em fase inicial. Enquanto isso, na Fazenda Santa Branca, o corredor verde com swales já está formado, destacando a continuidade da proposta ambiental da empresa.
Com 553 mil metros quadrados de área interna, o Aldeia Santerê fica em uma região de maior altitude que a capital e terá clima mais ameno. O fato de ser rodeado de área verde também reforçará este atributo. Outra novidade será a horta com um herbário, instalada em uma área de 600 metros quadrados para incentivar o cultivo de plantas diversas. Além disso, a proposta inclui ações educacionais ligadas ao plantio de ervas medicinais, temperos e hortaliças, promovendo conhecimento e bem-estar comunitário.
Na área externa, vizinha ao condomínio, há uma reserva natural permanente de 580 mil metros quadrados. O condomínio horizontal também virá com o Santerê Club, a maior área de lazer integrada já lançada na região até o momento. Com 19 mil metros quadrados, serão 30 itens que incluem academia, quadras diversas, pet place, espaço zen, ecumênico, pista de bicicross e de skate, teatro a céu aberto, espaço multiuso, entre outros.



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